Dona Zita e filhos
Boa tarde a todos os amigos e parentes presentes (íntegra
da fala enviada ao evento).
Sou Reginaldo um dos primeiros netos da aniversariante
maior de hoje, que é a Mãe Zita, como todos os netos a chamam, por motivos
outros não pude estar presente pessoalmente, mas por meio de meu amigo e primo
Wagner estou podendo entrar aqui na casa de meus tios Raimundinho e Terezinha
para saudá-los.
E saúdo a todos em nome de minha mãe Maria José, que também
aniversaria nesta data, 03 de abril do ano de 2016, para nós muito especial.
Meus parabéns minha mãe lhe desejo muita saúde e felicidades, e que viva tanto
quanto a mãe Zita. Trago também o abraço de meu filho Yuri e da minha mulher
Denize. Parabéns.
Dona Zita
Lembro muito bem de alguns episódios, por isso me acho um
neto de sorte, todos os meus avós foram bons comigo, amo todos eles, e hoje
especialmente homenageio a dona Zita, uma exímia contadora de histórias, uma
avó divertida, bem-humorada e que sempre fez questão de dar atenção aos netos.
Para a mãe Zita não tinha tempo ruim fazia o bem a quem
quer que fosse, rezava de quebranto, mal olhado, erisipela, carne quebrada,
osso desconjuntado, arcas e espinhela caídas. Engraçado na reza das arcas ela
dizia, chovê aqui meu filho vou medir primeiro, e media. Vixe Maria, mas tá
caída de mais, passa de 4 dedos, daí fazia a reza, media de novo e mostrava,
olha como já melhorou dois dedos, vá e não esqueça de voltar.
Ah Dona Zita! Você é muito engraçada, nunca botava cara
feia, sempre querendo agradar os netos, dava o que tinha e o que não tinha para
vê-los felizes. A casa dela era como coração de mãe sempre cabia mais um, até
tinha um dizer que falava em São Valentim, mas não me recordo agora.
Quando mais jovem não faltava uma missa, para ela eram
sagradas, também gostava de passear conversar com as pessoas, quando encontrava
um neto, um filho ou mesmo um conhecido era uma festa, abraçava, dizia uma
graça e sorria. E quando lhe tiravam do sério, rodava a baiana, e logo gritava:
eu sou Santa Rita atrás de mim ninguém grita.
A minha avó, brincava de roda com as filhas, mamãe falava,
e depois com as netas, cantava, ensaiava até uma dança mesmo sem ser dançarina,
uma graça. Na culinária, gostava de fazer buxada, cuxá e outros quitutes. Teve
tempo que fazia queijo, disto não me lembro, mas me disseram. Um tanto inquieta
fazia de tudo, sabão então era com ela mesma.
Fico por aqui, acho que está de bom tamanho, o resto das
histórias é com vocês meus tios e tias e até os primos que conviveram com ela
mais do que eu. Um abraço a todos, parabéns a mãe Zita, mais saúde e mais vida,
afinal de contas não é todo dia que se completa 100 anos de vida. Obrigado, o
nosso abraço a todos os tios, primos e os demais presentes.
Reginaldo Veríssimo