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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Na mão da apatia

Dora Kramer do Estadão

Sejamos claros e francos: os dois principais oponentes da presidente que pleiteia a reeleição, Aécio Neves e Marina Silva, nos últimos quatro anos não se notabilizaram pelo exercício do antagonismo ao governo de maneira a que façam jus à representação do oposicionismo como atividade política constante Justiça se faça, nem eles nem ninguém em especial, porque a oposição nunca se organizou desde que o PT assumiu o poder.

E por se organizar entenda-se ter planos táticos e estratégicos de atuação não apenas em épocas de eleição, mas principalmente entre um período eleitoral e outro Aécio e Marina se dispuseram a enfrentar um governo politicamente atuante, por nascido de oposição belicosa e operante, sem contar com nenhum treino. Tal carência lhes fará falta em caso de vitória, pois vão encarar um PT violento como oposição, mas pode servir de lição para ambos ou para quem dos dois for derrotado.

Quando chegou à Presidência da República, o PT já tinha mais de 20 anos de construção de uma identidade junto à população. Forte e arraigada o suficiente para poder contrariar diversos de seus compromissos - o da ética, notadamente - sem perder por completo seu patrimônio político.

O PSDB chegou ao poder depressa. Nasceu em 1988 e em 1994 já estava no Palácio do Planalto. Em 2002, perdeu a eleição e nunca mais se achou. Disputou todas as presidenciais, mas não encontrou o caminho para construir uma ponte que pudesse ligar o partido à sociedade entre uma eleição e outra.

Aconteceu com todos os candidatos, mas fiquemos com Aécio Neves, que é o atual. Passou oito anos como governador desenvolvendo um "bom relacionamento com o governo federal". Em 2008, na eleição para a prefeitura de Belo Horizonte, aliou-se ao atual candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel, para eleger Marcio Lacerda, sob o argumento de que era preciso avançar para além da polarização entre PT e PSDB e criar um "novo ambiente" na política.

Hoje o mineiro está em sua maioria optando por Pimentel em prejuízo do tucano Pimenta da Veiga. Tem culpa? Não foi o eleitor quem criou a confusão. Caminhemos. Eleito senador, Aécio era visto como o líder da oposição, mas não foi assim que se colocou perante a sociedade. Optou por uma atuação discreta, dedicou-se às articulações de bastidores e foi até certo ponto bem sucedido.

Quando entrou em cena o imponderável, a morte de Eduardo Campos, não tinha consigo a fidelidade do público, pois não fora a ele que se dirigira nos últimos anos. Seu alvo, os políticos, com facilidade se transfere para onde os ventos ventam. No Rio, o movimento "Aezão" virou "Marinão" ao sabor das pesquisas que indicavam a conveniência de os correligionários do governador Luiz Fernando Pezão a embarcarem em outra canoa.

E assim chegamos a Marina Silva. Depois da recusa da candidata a presidente em 2010 de apoiar Dilma ou Serra no segundo turno, nunca mais se ouviu falar dela até 2013, quando da tentativa de criar seu partido, Rede Sustentabilidade

Oriunda do PT, discípula reverente assumida de Lula, crítica de Dilma como se esta não fosse invenção daquele, Marina não fez política da última eleição para cá. Apareceu para concorrer. A última coisa que se pode dizer é que seja uma oposicionista praticante. No exercício do mandato de senadora ela jamais se referiu aos "assaltos" constatados no processo do mensalão nas estatais como agora faz no caso da Petrobrás.

A ex-senadora não é uma oposicionista de fato. Assim como Aécio. Se perderem, nada impede os dois de virem a sê-los de direito. A depender dos planos futuros.

Por Dora Kramer do Estadão
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Presidiário revela ter recebido proposta de dinheiro para gravar vídeo contra Flávio Dino

Em depoimento prestado na Superintendência Estadual de Investigações Criminais, na noite da última terça-feira (23), o presidiário André Escócio de Caldas confirmou que recebeu promessas de regalias para gravar vídeo contra Flávio Dino. André figura em vídeo veiculado nos últimos dias pela TV e Rádio Difusora, blogs ligados ao grupo Sarney, ao portal Mirante e ao jornal O Estado do Maranhão – propriedade da família Sarney.
Presidiário André Escócio de Caldas recebeu proposta de regalia

Ouvido pelos delegados da Polícia Civil Tiago Mattos Bardal, André Escócio afirmou que o vídeo foi gravado há cerca de oito dias, na sala do diretor da Central de Custódia de Presos de Justiça de Pedrinhas, Carlos Aguiar.

Para gravar o vídeo, o presidiário teria recebido “promessa de conseguirem um Alvará de Soltura e mais uma boa quantia em dinheiro, além do declarante (André Escócio) ficar ‘blindado’ (protegido) no sistema”, caso apontasse Flávio Dino, Patrícia e Weverton Rocha como mandantes do assalto ao banco do campus da Uema. A afirmação consta no termo de declaração emitido pela SEIC.

André Escócio afirma que não participou do assalto ao banco, data em que estava detido em um presídio. O enredo para tentar incriminar Flávio Dino foi criado após conversas do presidiário com o diretor da CCPJ de Pedrinhas, Carlos Aguiar, que também prestou depoimento à Seic, na manhã desta quarta (24).

Divulgação do vídeo – O vídeo veiculado pelo sistema de Comunicação e também pela campanha de Lobão Filho foi gravado, segundo conta Escócio, por Nilson, identificado como chefe de Segurança. O presidiário conta ainda que se surpreendeu quando o vídeo foi veiculado em um dos programas da TV Difusora.

Ao assistirem ao depoimento forjado no ar, os presos teriam começado a gritar “vai morrer, vai morrer”! O preso já está sob custódia, em sala separada, após os acontecimentos.

Depoimento do diretor – Apontado como responsável pela produção do vídeo, Carlos Aguiar diz que o caso foi gravado na presença de Nilson e com o agente penitenciário conhecido como Robson. No depoimento, ele confirma que gravou o vídeo, porém ele não teria acreditado no depoimento em que, segundo o próprio Aguiar, o presidiário “queria ser o bonzão”. O diretor nega responsabilidade pela divulgação do vídeo.

Após confirmar a autoria do vídeo, o notebook de Carlos Aguiar foi apreendido pelo delegado Tiago Bardal.

Investigação Federal – O vídeo foi postado originalmente de uma conta do youtube (canal para reprodução de vídeos) hospedada no Chile. Considerado crime eleitoral, ele passou a ser investigado pela Polícia Federal a pedido da coligação Todos pelo Maranhão, de Flávio Dino. A Polícia Federal e o Ministério Público vão apurar as responsabilidades pela criação e divulgação do vídeo em diversos meios de comunicação – incluindo a TV Difusora, de propriedade de Lobão Filho.

Do JP 
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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Em nova pesquisa DataM Flávio Dino vai a 58,2% e Lobão Filho tem 24,6%, confira aqui

                                        Flávio Dino X Lobão Flho

Candidato da oposição mantém larga vantagem e vence no primeiro turno.

Em nova pesquisa do DataM publicada hoje 10 de setembro, Faltando 25 dias para a eleição, o candidato oposicionista ao governo do Maranhão, Flávio Dino(PCdoB) amplia a vantagem em relação a pesquisa anterior do Instituto DataM e vai a 58,2% das intenções de voto. Em segundo lugar, Lobão Filho(PMDB), candidato do grupo Sarney, aparece com 24,6%. Zé Luís Lago(PPL) tem 0,5%; Professor Josivaldo(PCB), Saulo Arcangeli(PSTU) e Antonio Pedrosa(PSol), 0,3% cada. 

Brancos somam 6,2% e 9,5% não quiseram responder. O resultado revela uma cristalização dos votos e aponta vitória de Dino no primeiro turno.

Na corrida pelo senado, Roberto Rocha(PSB) continua liderando com 30,1%, seguido por Gastão Vieira(PMDB) com 24,3%. Haroldo Sabóia (PSol) tem 2,7%; Marcos Silva, 2,2%; Evan Andrade, 1,1%; Gersão 0,6%. Brancos e nulos somam 11,3% e 27,7% não quiseram responder.

Espontânea – Quando o entrevistador consulta o eleitor sem apresentar lista com nomes dos candidatos, Flávio Dino aparece com 47,8%. Em pesquisa do mesmo Instituto realizada no final de agosto esse índice era de 41,8%. Lobão Filho também evoluiu na intenção espontânea, saltando de 14,9% para 18,1%.

Rejeição – O eleitor também manifestou opinião sobre em qual candidato não votaria de jeito nenhum. Lobão Filho lidera a rejeição com 45,1%. Já 15,3% disseram que não votariam em Flávio Dino. O elevado índice de rejeição de Edinho Lobão explica a dificuldade que ele encontra em chegar aos 30%, patamar há muito aguardado em sua coligação.

O relatório analítico do Instituto DataM aponta que “a vitória de Flávio Dino está se tornando inevitável a menos que um fato novo e muito forte possa alterar o curso dos acontecimentos”. Lembra que “não há nenhum sinal de queda nas intenções de votos, mantendo o patamar médio que sustenta há mais de ano. Não há nada indicando uma reversão no amplo favoritismo de Flávio Dino”.

A pesquisa foi realizada entre os dias e 5 e 8 de setembro, ouvindo 1500 eleitores em 45 municípios do estado e está registrada com protocolo número MA-00044/2014 .A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Do Blog do John Cutrim
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domingo, 7 de setembro de 2014

Flávio Dino mantém vitória no 1º turno com 56%, diz nova pesquisa Exata/TVGuará/Fiema

A mais recente pesquisa Exata/TVGuará/Fiema mostra estabilidade na disputa pelo governo do Maranhão. O candidato da Coligação Todos Pelo Maranhão, Flávio Dino, continua com ampla liderança e tem 56% das intenções de voto. O levantamento foi divulgado neste sábado (6) pela TV Guará. Na pesquisa anterior, divulgada no dia 2, Flávio tinha 55%.

Se a eleição fosse hoje, Flávio seria eleito no primeiro turno – um cenário que vem sendo confirmado por todas as pesquisas registradas e divulgadas até agora.

Lobão Filho (PMDB), o candidato da família Sarney, aparece em segundo lugar, com 27% dos votos. No levantamento anterior, ele tinha 25%.

As oscilações estão dentro da margem de erro, de 3,2 pontos para mais ou para menos.

Zé Luislago (PPL) tem 2%. Saulo Arcangeli (PSTU), Pedrosa (PSOL) e Prof. Josivaldo (PCB) têm 1% cada um.

Votos nulos e brancos somam 6%. Eram 8% na pesquisa anterior. Os eleitores que não sabem ou não responderam pontuam 6; antes, eram 7% .

Senado
Na disputa pelo Senado, Roberto Rocha (PSB), da Coligação Todos Pelo Maranhão, aparece com 32%, contra os 29% anteriores. O candidato, Gastão Vieira (PMDB), da família Sarney, tem 28%, contra os 27% anteriores. Haroldo Sabóia e Marcos Silva têm 6% cada. Gersão e Evan de Andrade têm 1% cada.

Registro
A pesquisa foi realizada entre os dias 2 e 5 de agosto, quando foram ouvidas 1.400 pessoas em 45 municípios maranhenses escolhidos aleatoriamente, mas contemplando as quatro regiões do Estado e a ilha de São Luís. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

A pesquisa avaliou as intenções de voto sob o protocolo MA – 00041/2014.


John Cutrim
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