A economia maranhense deve
registrar, este ano, um crescimento real de 7,0% e perspectiva de elevação de
6,5% para o próximo ano. Esse é o cenário macroeconômico que aponta os
“Indicadores de Conjuntura Econômica do Maranhão - 1º Semestre de 2011”, do
Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc),
lançado nesta terça-feira (25) pelo secretário de Estado do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Fábio Gondim, e pelo presidente do Instituto, Fernando
Barreto. Na oportunidade foi lançada também a publicação “Situação Ambiental da
Ilha de São Luís”.
"O Imesc tem realizado
importante trabalho no sentido de reunir, sistematizar e analisar informações
sobre a realidade maranhense. Com esses dados é que temos elementos para
elaborar com base científica o Plano de Governo do Maranhão e subsidiar todos
os interessados com indicadores confiáveis em suas mais diversas áreas”,
afirmou o secretário Fábio Gondim ao elogiar e parabenizar “a equipe do Imesc
pela qualidade dos trabalhos produzidos”.
Gondim ratificou ainda os
inúmeros levantamentos que estão sendo realizados pelo Imesc/Seplan para
implementação no Estado da gestão por resultados. “São informações e dados
estatísticos que estão sendo coletados para definir as metas que devem ser
alcançadas pelo Governo do Estado nas mais diversas áreas. É importante
destacar que essas informações não são frias. Esses dados são atualizados e
analisados constantemente”, assegurou.
O estudo do Imesc aponta ainda
que o segmento mais dinâmico da economia maranhense deve ser o da construção
civil e que as atividades do comércio também continuarão exibindo forte
dinamismo como decorrência dos bons indicadores no mercado de trabalho e da
ampliação das transferências federais constitucionais e voluntárias.
Segundo o economista Felipe de
Holanda, coordenador dos Indicadores de Conjuntura de Econômica do Maranhão, o
avanço dos novos investimentos e a ampliação do crédito imobiliário concorrem
para fazer do setor da construção civil o responsável pelo maior contingente de
contratações, tanto nos segmentos formal como informal.
Já o presidente do Imesc,
Fernando Barreto, revelou que o volume de financiamentos para a aquisição de
imóveis manteve expansão acelerada nos primeiros 5 meses de 2011, ou seja,
54,2%, em comparação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação
e entre 2006 e 2010 a taxa média de crescimento anual foi de 83,4% em termos
reais. Ele anunciou que, ainda este mês, o Instituto vai lançar o Índice de
Desenvolvimento Municipal (IDM) com dados e informações de todos os 217
municípios maranhenses.
Análise
A outra publicação do Imesc,
também lançada nesta quarta-feira (25), a “Situação Ambiental da Ilha do
Maranhão” procurou fazer uma análise da situação ambiental da Ilha do Maranhão
correlacionando as características fisiográficas aos aspectos socioeconômicos
dos municípios de São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Também propõe medidas que contribuam no processo de planejamento e elaboração
de políticas públicas.
O livro faz uma análise de temas
como caracterização hidrográfica, desflorestamentos e queimadas, manquezal,
destinação de resíduos sólidos, unidades de conservação e legislação ambiental.
A coordenadora do trabalho, Jane Karina Silva Mendonça, alertou para alguns
dados preocupantes na Ilha, como o foco de queimadas e a ocupação desordenada
do solo.
“Em um ano, de agosto de 2009 a
agosto de 2010, foram registrados 234 focos de queimadas na Ilha do Maranhão,
sendo 42 em Paço do Lumiar, 14 em Raposa, 70 em Ribamar e 108 em São Luís”,
contabilizou. Ela ainda alertou para a destinação dos resíduos sólidos e
apontou medidas preventivas, corretivas e de monitoramento que devem ser
adotadas, entre as quais, a realização de trabalhos de sensibilização junto à
população para a diminuição da produção de resíduos, separação correta de
resíduos, coleta seletiva, reaproveitamento e reciclagem.
Jornal Pequeno
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